quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Morte ao Som de Mojo Pin

Hoje me peguei pensando na morte. Assim, de repente, comecei a refletir. E se eu morresse agora, nesse exato instante? Tenho dezessete anos, sonhos realizados e a se realizar. Nunca tive um grande amor, nunca fiz uma maluquice digna de nota. Vivi – até agora, certamente – de um modo até que normal, sem muitas reviravoltas... com algum choro, algum riso, algumas lembranças, fotografias e filmagens.

Mas no que se resume tudo isso, logo ao fim? É só isso o que sobra? Lembranças, fotos e filmagens?

Penso que a morte não é difícil, ao menos não para quem morre. A morte é triste, é ruim, é natural... mas a parte mais difícil fica para quem está vivo. São eles que choram e que não se conformam; são eles que veem o defunto no caixão e têm uma vã esperança de que ele se levante e diga “ainda não morri, era brincadeira!”.

Isso não acontece.

Não sei porque me peguei pensando nisso. Talvez um pouco da minha veia dramática tenha finalmente entrado em ação depois de tanto tempo de reclusão; talvez seja apenas um pequeno lapso obscuro de depressão, talvez seja palhaçada de um desocupado... não sei.

Só sei que a morte me assusta. Me assusta porque é um mistério, me assusta porque entristece, me assusta porque é o fim – ou quem sabe, apenas o começo.

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