domingo, 9 de janeiro de 2011

Troca-troca no MAC

Não, não é uma orgia ao ar livre embaixo do museu projetado por Oscar Niemayer (seus mentes sujas). A Feira da Troca Cultural é um movimento que acontece no pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, ali em Icaraí, naquela vista deslumbrante e naquela brisa boa mesmo nos dias de calor infernal como o de hoje, e tem como objetivo promover a troca daquelas quinquilharias que você tem em casa pelas quinquilharias que outros tem em casa. Vale de tudo: livros, discos, vinis, HQs, tapes, VHS’s, DVD’s e tal – só não vale ser coisa pirata, ok?

Não conhecia esse projeto e, depois do convite de um grupo de amigos, resolvi ir. Não é nada muito grande nem muito organizado: no geral, a Troca consiste em um tapetão vermelho desenrolado no chão onde qualquer um pode jogar suas coisas e esperar que alguém se interesse por elas. Assim mesmo: é só chegar, arranjar um espacinho no tapete vermelho e sair negociando. É um clima bem legal – rolou uma mistura de Titãs com Zezé de Camargo e Luciano e uns batuques desarmônicos por lá –, com um pessoal curioso e cheio de tranqueiras legais. Consegui uns livros por troca (‘Morro dos Ventos Uivantes’, que troquei com uma das minhas amigas, e ‘Beber, Jogar, F@#er’, que troquei por lá mesmo) e vi bastantes coisas interessantes – entre elas, um vinil do ‘Please Please Me’, dos Beatles, outro do Kraftwert, umas HQs do Hellblazer, Akira e Monstro do Pântano.

A Feira da Troca rola em todo primeiro domingo do mês, das 10h às 13h.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Vamos começar 2011, seu Lucas?

Pois é, eu jurei pra mim mesmo que 2011 seria diferente de 2010 e que eu tomaria algumas prioridades que havia deixado de lado nesse ano que acabou de passar. Uma dessas prioridades é voltar a atualizar esse singelo blog que, diferente do Bibliófilo Eletrônico, não tem um tema específico nem uma função própria. O único propósito dele é ser o meu canal de fala um pouco mais extenso que o twitter e um bocadinho mais formal que o facebook e o orkut.

Vamos começar fazendo um pequeno balanço sobre o que aconteceu comigo no ano que acabou de passar. Pra falar a verdade, 2010 não foi um ano que eu poderia ter considerado como ótimo. Foi o fim de um ciclo e o  início de um outro completamente diferente para mim: começar a faculdade. Pois é, pode parecer besteira ou papo de adolescente que não tem muito o que fazer, mas começar uma faculdade é um assunto sério. De uma hora pra outra, toda aquela gente que você via diariamente no colégio é trocada por um grupo de pessoas desconhecidas que aparece vez sim vez não, dia sim e dia não, semana sim e semana não. Sua vida vira uma correria, você tem que acordar cedo, ler mil textos, arrumar tempo para estágio (no meu caso, consegui estágio logo no início da faculdade) e ainda administrar o tempo acadêmico com sua vida pessoal e suas antigas amizades. Ufa. Talvez esse tenha sido um dos motivos para que eu, pouco a pouco, tenha perdido os contatos com alguns dos amigos do Ensino Médio. Os que foram pra outros estados, pra outros cursos, pro pré-vestibular ou foram trabalhar. Mas, ainda assim, consegui consolidar e desenvolver as amizades que já tinha e torná-las ainda mais sólidas.

Outro ponto alto do ano foi um breve fim de semana na capital paulista que, em agosto, estava seca como um deserto. Participei da IV Fantasticon (encontro de autores, leitores e entusiastas de literatura fantástica nacional) e pude (re)conhecer muitas das pessoas que antes eram bits de internet e textos de MSN. Foi um tempo excessivamente curto, é verdade, mas acho que foi essencial para provar que realmente estamos na era da  informática e que conhecer pessoas por meios virtuais pode se tornar uma experiência incrível e bastante aproveitável.

No mais, a vida seguiu seu curso normal: emagreci um pouco, arranjei dois estágios (o segundo graças ao mundo virtual e à literatura fantástica, que nunca mais sairá da minha vida depois desse ano), fiquei bêbado menos do que gostaria, passei looooongos períodos de tédio e pouco tempo com meus amigos. Normal.

Planos para 2011? Muitos, muitos mesmo. A começar por tentar engatar de vez o romance que estou planejando e rabiscando na minha mente há pelo menos seis meses e ainda não coloquei no papel (na verdade havia colocado uma parte, mas perdi por conta de um computador quebrado - pois é, a era da informática cobra o seu preço): quero ter pelo menos a primeira versão concluída até o fim do ano, com todas as suas reviravoltas e cenas de ação e mistério perfeitamente encaixadas. O que posso adiantar por enquanto é que se trata de um romance que flerta um pouco com a fantasia urbana e com o terror, e que tem demônios e sangue suficiente para Carrie nenhuma botar defeito. Mas ainda está em estágio de pré-produção (como dizem os cineastas) e eu não quero falar mais nada com o risco de mudar alguma coisa no meio do caminho tortuoso e decepcionar alguém.

Outro plano na listinha do Lucas: participar de antologias. Todas, se possível. Elas estão aí, abertinhas para qualquer um que quiser participar, chamando os autores quase que na base da porrada para enviarem os seus textos e conseguirem um espaçozinho no mercado editorial de literatura fantástica brasileira - que, convenhamos, ainda não é a oitava maravilha do mundo. Acho essas iniciativas fenomenais, sobretudo aquelas que reconhecem o autor como AUTOR, e não como vendedor de livros a lá Avon.

Aqueles planinhos tradicionais de estudar mais, ler mais textos acadêmicos, ir para academia frequentemente e balancear a alimentação também estão na minha agenda, mas eu sei que vocês sabem que é difícil levar isso a sério durante todo o ano. Vamos tentar, mas não prometo nada que posso adiantar para prometer no ano que vem.

Então é isso: reinauguro hoje o blog e prometo que irei postar com mais frequência. Espero que 2011 seja um ótimo ano! See ya!