sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ela Voltou

Passa tanto tempo que a gente acaba se esquecendo, mas isso é normal, mazelas do tempo - que passa como raio, sem dó nem piedade. Quando a gente vê, já não se vê faz uns anos; quando a gente percebe, não se entende mais. Parece que quando nos olhamos somos só dois estranhos que se esbarram pela rua por puro acaso do destino.

Destino arteiro, de querer lembrar o que passou; de imputar um bocado de culpa pela falta de procura; de fazer lembrar um passado que não volta. Cacete, esse destino tinha que me trazer você de volta?! Antes não trouxesse e estaria eu preocupado com outras coisas: com meus probleminhas cosmopolitas e meus novos amigos, com meus livros não lidos e com minhas músicas repetidas. Diacho, destino, porque me trouxe ela de volta?

3 comentários:

  1. Confissão que brota do fundo do peito...

    Belo, senhor Lucas!

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  2. É o que eu sempre digo, andar na rua é um perigo!

    Brincadeiras à parte, gostei muito da sinceridade (palavrões no meio do texto dão sempre um ar de autenticidade ;)

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  3. "Antes não trouxesse e estaria eu preocupado com outras coisas: com meus probleminhas cosmopolitas e meus novos amigos, com meus livros não lidos e com minhas músicas repetidas."


    Tenho me perguntado isso. Preciso bater um papo incisivo com o meu destino.

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