quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sem título

O melhor texto é aquele sem revisões
A melhor poesia é aquela sem rimas
Sem preocupações com o número de sílabas
Sim
Posso ser mínimo no verso anterior, mas completamente prolixo - mesmo que sem sentido - no próximo
Por que sou o poeta, tenho licenças poéticas!
Não me aborreçam com regras gramaticais!
Estou a par delas; não as sigo porque não quero
.
Não sou subjetivo, tampouco objetivo
Sou claro a quem quiser ver, pensar e entender
Não posso dar meus significados assim de bandeja
Apesar de odiar esses sussurros descabidos
Ora, falemos na cara!
Falemos PUTA QUE PARIU aos cinco ventos
Gritemos COCA-COLA, NIKE, MICROSOFT sem medo de processos
Paremos com essas sutilezas, com esses eufemismos
Sejamos diretos e concisos
Sem regras, sem valores éticos, sem medos
Sejamos nós mesmos; sejamos falsos, mentirosos
Sejamos humanos!
Cultivemos os defeitos!
Afinal, o que seriam os humanos
Senão máquinas orgânicas de defeitos?

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